Entrevista com Caio Fábio no "The Noite"


Estação Casa Forte. “Pois quando alguém diz: "Eu sou de Caio Fábio", e outro: "Eu sou de Fábio de Melo", não estão sendo mundanos? Afinal de contas, quem é Fábio de Melo? Quem é Caio Fábio? Apenas servos por meio dos quais vocês vieram a crer, conforme o ministério que o Senhor atribuiu a cada um”. Adaptado de 1ª. Coríntios 3:4-5. Eu já estou nisto há muito tempo... Talvez, por isso, já tenha visto quase tudo o que havia para se ver... E o que eu vi ontem? Alguma coisa nova?

Algo extraordinário? Não. Eu vi um homem de bem, cheio de rugas no rosto e sofrimentos na alma, que já enterrou pai e mãe, que já enterrou filho, que gastou toda a vida em prol do Evangelho, indo e vindo sem parar, numa rotina louca, pregando e ensinando a Palavra, em todos os lugares e em todas as denominações cristãs dentro e fora do Brasil, sentar num sofá para bater um papo sobre a fé. Simples assim...

Este mesmo homem foi – e ainda é – a maior expressão como pregador, mestre, pensador e escritor cristão no Brasil. Ele foi protagonista das maiores e mais bem sucedidas iniciativas evangélicas em nossa nação, através da VINDE e da Fábrica de Esperança – iniciativas do Evangelho Integral – além de possuir centenas de livros publicados, lidos por milhões de pessoas, um site com um compêndio de textos do tamanho de uma biblioteca virtual, além de uma das mais ricas vidiotecas sobre temas variados da fé em Jesus Cristo em bancos de imagens.

Esse “reverendo”, que abençoou a estes milhões e marcou uma geração inteira, que influenciou teólogos, líderes, pastores, escritores, bispos e presidentes de denominações, foi execrado em função de problemas de natureza íntima, pessoal e familiar, de forma pública e insuportavelmente intolerante – característica peculiar do movimento religioso – até praticamente sucumbir em sua vida e ministério. Mas aprouve a Deus, que o queria livre e leve, o levantar do “pó e do caos” para que continuasse pregando e ensinando para todo aquele que deseje ouvir e aprender sobre Jesus e o Evangelho.

Aí o Caião vai a um programa de televisão e o “mundo religioso” fica em polvorosa! Todo mundo critica, todo mundo crucifica, todo mundo persegue, mas todo mundo quer ver e ouvir o que o cara tem a dizer. “Joga pedra na Geni!”, gritam os fundamentalistas. “Joga pedra na geni”, alardeiam os ortodoxos, os guardadores da moral, dos bons costumes, da ortodoxia irreparável. Sim, estes que hoje jogam pedras são os mesmos que o endeusavam há anos atrás. Muitos dos que desejam ver Caio Fábio enterrado, comeram na sua mesa ou jantaram das sobras do seu ministério.

Fato, é que a história sempre se repte. O sábio estava mesmo certo... “Não há nada de novo debaixo do sol”. Quem hoje crucifica o Caio, e se arvora a dizer que ele é um herege, que suas colocações são anacrônicas, não tem nem coragem nem envergadura para sentar com ele numa mesa e discutir, cinco minutos, com a bíblia aberta. A grande maioria dos que, hoje, desferem golpes certeiros, está, na verdade, debaixo da saia de algum outro líder, bebendo de alguma outra “fonte”, se deliciando com o “herói” do momento, endeusando seu totem de ocasião, pois singularidade e autenticidade é privilégio conquistado por poucos.

E por que, então, este texto? O Caio Fábio precisa de ajuda? Precisa de alguém para defendê-lo? Ora, isso é ridículo! O homem não tem mais nada para provar para ninguém. Ele vai num programa e o mundinho religioso brasileiro entra em pânico. Então, qual a justificativa? O texto é para que eu não me cale diante desta geração perversa! Para que eu saiba, sempre, em “Quem eu tenho crido”, independente de Caio ou de outro qualquer, mas também para que não me esqueça de dizer: “A quem honra, honra”, como afirma a Escritura.

Ora, dizem alguns, “você concorda com tudo o que Caio disse?”. Meu Deus! O Caio falou em nome de Caio, não em nome dos evangélicos brasileiros! O que vocês esperavam? Que ele chegasse lá de paletó e gravata, que saudasse Danilo com a “paz do Senhor”? Que falasse chavões do evangeliquês gospel e recitasse versículos bíblicos? Vocês queriam ver o “Caio Fábio dos evangélicos”, como no passado, mas não compreenderam que, para ele, não dá mais para ser de Deus, por vocês, para crer, por vocês, para sentir, por vocês, para viver, por vocês!

Sem soberba alguma, se você me der uma mensagem, uma entrevista ou um texto, de qualquer pregador, professor, pastor, mestre, conferencista cristão, eu lhe revelo, sem grandes esforços, dezenas de incongruências, falhas hermenêuticas, problemas semânticos, e por aí vai. Uma análise de “lupa”, sobre o que alguém fala, sobretudo quando não há boa vontade, revelará sempre alguma inconsistência. Mas eu lhe garanto que, naqueles pouco mais de 25 minutos, se falou mais do Evangelho, com um poder de alcançar gente que ainda não o compreendeu, do que nas milhares de horas da TV aberta nos programas ditos evangélicos.

No mais, quem gostou, gostou. Quem não gostou, que atire a primeira pedra! Enquanto muitos criticam, de suas poltronas, de suas salas vazias, de seus escritórios eclesiásticos, de suas catedrais frias, do alto de uma pseduo-ortodoxia, o homem vai pregando 3 horas por dia ao vivo na webtv, continua escrevendo, ensinando, liderando o movimento Caminho da Graça, abrindo pequenos grupos, acolhendo caídos, feridos, perdidos, motivando ações humanitárias na África, com o Caminho Nações, no sertão nordestino, com o SOS Religar, além de influenciar milhares de pessoas em todo o mundo com a mensagem que Deus lhe confiou.

Por fim, gostaria de dizer que este texto não é uma provocação. Ele não é dirigido a ninguém, especificamente, nem a nenhum grupo, em particular. É meu desabafo, na minha time line, e merece ser respeitado. Se você não gosta, critique com sabedoria e educação, pois não desejo expor ninguém com um contra-argumento duro, se necessário. O que está aqui é apenas a fala de um homem já vivido, com quase 50 anos de idade, mais de 30 no Evangelho, que já andou o suficiente para saber como essa “roda” gira e como as coisas funcionam. Com reverência e respeito, sempre, e o coração pacificado em amor e graça, Carlos Moreira.

Cuiabá, 25 de junho de 2014 - Voltar para Caio Fábio.

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