O Evangelho

“Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego” (Rm 1.16). Leio a Bíblia há mais de trinta anos, mas nunca antes a palavra “evangelho” me foi tão familiar e enternecedora ao coração como agora. Sinto-me voltando às origens, àquele começo simples dos primeiros dias da vida cristã quando tudo era novo.

A palavra “Evangelho” vem de duas palavras gregas, “eu” e “aggelion”, e significa “boas-novas”. Evangelho é boas notícias a respeito de Jesus Cristo, o Filho de Deus, que se tornou homem e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, revelando sua glória, a glória do unigênito do Pai. O Evangelho não se restringe aos ensinamentos de Jesus, mas, sobretudo à vida de Jesus. Ao longo da vida cristã sempre atentei para os ensinos de Jesus como sendo o evangelho; só mais recentemente é que despertei para o seu estilo de vida, sua relação com o Pai, seu jeito de tratar com as pessoas e como agia diante da oposição dos religiosos. Tudo isso é o Evangelho encarnado no Deus-Homem.

A palavra “Evangelho” não é usada nenhuma vez na Bíblia para se referir a um livro específico, ela simplesmente significa “boas-novas”. Quando falo do “Evangelho” não estou pensando apenas nos quatro livros que iniciam o Novo Testamento, mas no conteúdo bíblico como um todo, pois tudo na Bíblia converge para Jesus, pois ela testifica dele. O Antigo Testamento preparou a vinda de Jesus, os Evangelhos apresentam Jesus ao mundo, o livro de Atos apresenta a mensagem de Jesus, as Epístolas explicam a obra de Jesus, e o Apocalipse revela a consumação de todas as coisas em Jesus.

Antes do século IV os quatro Evangelhos eram chamados de “O Evangelho”. Ele não foi divulgado apenas pela escrita, mas muito mais pela forma oral ou falada, principalmente no início da igreja, visto que os Evangelhos foram escritos cerca de trinta anos depois da morte de Jesus. Nisso é de admirar a importância da tradição oral, das investigações dos escritores, e, sobretudo da inspiração divina.

Quando paramos para meditar no versículo citado acima, percebemos que o Evangelho é mais que palavras em quatro livros da Bíblia. O Evangelho é o poder de Deus. Ele é impactante, revolucionário e gerador de vida, perdão, libertação e plena salvação para todo aquele que crê em Jesus como seu Senhor e Salvador.

A música “O Evangelho” do Grupo Logos cabe bem aqui. Veja letra e música:

Eu sinto verdadeiro espanto no meu coração
Em constatar que o evangelho já mudou.
Quem ontem era servo agora acha-se Senhor
E diz a Deus como Ele tem que ser...

Mas o verdadeiro evangelho exalta a Deus
Ele é tão claro como a água que eu bebi
E não se negocia sua essência e poder
Se camuflado a excelência perderá!

Refrão
O evangelho é que desvenda os nossos olhos
E desamarra todo nó que já se fez
Porém, ninguém será liberto, sem que clame
Arrependido aos pés de Cristo, o Rei dos reis.

O evangelho mostra o homem morto em seu pecar
Sem condições de levantar-se por si só...
A menos que, Jesus que é justo, o arranque de onde está
E o justifique, e o apresente ao Pai.

Mostra ainda a justiça de um Deus
Que é bem maior que qualquer força ou ficção
Que não seria injusto se me deixasse perecer
Mas soberano em graça me escolheu

É por isso que não posso me esquecer
Sendo seu servo, não Lhe digo o que fazer
Determinando ou marcando hora para acontecer
O que Sua vontade mostrará.

Refrão
O evangelho é que desvenda os nossos olhos
E desamarra todo nó que já se fez
Porém, ninguém será liberto, sem que clame
Arrependido aos pés de Cristo, o Rei dos reis.

Porém, ninguém será liberto, sem que clame
Arrependido aos pés de Cristo, o Rei dos reis.

Antonio Francisco.

Cuiabá 2 de julho de 2011 - Voltar para Mensagens.

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