Amor e respeito

Realizamos o primeiro retiro de casais de nossa comunidade com o livro “Amor e Respeito” de Emerson Eggerichs - Ed. Mundo Cristão. Compartilhamos assuntos relevantes e aplicáveis para os casais participativos. Não cansamos de dizer que a igreja é composta de famílias. Isso se expressa naquilo que a igreja é, ou seja, exatamente o que as suas famílias são, pois a igreja é um conjunto de famílias.

A participação e a comunhão foram maravilhosas. O ambiente harmonioso foi uma bênção. Tivemos nove casais, o que nos alegrou muito. Todos abriram o coração compartilhando suas experiências, aprendizagem e problemas enfrentados na vida conjugal cotidiana. Entre nós há plena liberdade de expressão, de tal maneira que todos ficam à vontade para dizer o que pensam do assunto em pauta e até discordar do que é oferecido. Nada entre nós é imposto, pois entendemos que cada pessoa deve andar conforme sua consciência no Evangelho. Isso ficou notório nesse encontro.

Esse retiro deve ser feito uma vez por ano, sempre no primeiro semestre. Mas, no decorrer dos meses pretendemos fazer encontros periódicos com os casais. Além disso, oferecemos discipulado familiar para todos os interessados que precisam e querem ajuda. Todos podem participar sem terem que preencher condições legais ou moralistas. Estamos aqui para servir de graça a graça daquele que disse: “Vinde a mim, todos”.

É cada vez mais perceptível a falta de estrutura das famílias. E isso é um sinal do final dos tempos, “a proibição do casamento”. Pouco a pouco essa tendência se intensifica, quando vemos o aumento de contratos temporários na relação conjugal, sem falar na multiplicação de relações conjugais que há muito deixaram para trás a importância do casamento civil. Isso tudo quer dizer que é cada vez mais comum os casais chegarem para a igreja numa situação religiosamente incorreta. Muitos se decepcionam na busca de ajuda, pois são recebidas com exigências que em nada ajuda na restauração de casais e famílias disfuncionais. Não é assim entre nós. Pelo contrário, como Jesus, não queremos esmagar a cana quebrada nem apagar o pavio que apenas fumega.

Quando Jesus se encontrou com a mulher samaritana junto ao poço, ele pediu que ela chamasse seu marido e voltasse para conversar. Ela lhe disse que não tinha marido. Jesus lhe replicou: “Bem disseste, não tenho marido; porque cinco maridos já tiveste, e esse que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade”. Aquela mulher tinha um currículo conjugal experiente. Hoje diríamos que ela não teve sorte com o casamento. Mas Jesus não a condenou nem lhe impôs condições, apenas lhe ofereceu a água viva que dessedenta a sede da alma e supre as carências que nenhuma relação amorosa pode oferecer. Ela não foi condenada, mas amada por Jesus.

Esse é o papel da igreja, receber as pessoas exatamente na condição que se encontram e lhes oferecer o Evangelho da vida que cura, restaura, consola e direciona no caminho que devemos andar. Por exemplo, não devemos censurar uma pessoa triste e desanimada que não tem o que comer, exigindo dela alegria e bom ânimo. Ao invés disso devemos lhe dar a comida necessária e logo veremos as mudanças no rosto e nas atitudes dela. Abençoar famílias passa por esse processo de receber a todos sem distinção e sem condicionamentos, e ter a alegria de ver os resultados que o Evangelho produz nas vidas e nos casamentos. Graças a Deus estamos vendo isso acontecer diante de nossos olhos. Aleluia!

Veja o esboço comentado do estudo do retiro. Clique aqui.

Antonio Francisco - Cuiabá, 23 de junho de 2011 - Voltar para Casaminhos.

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