Encontros da semana

“Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima” (Hb 10.24-25). A igreja existe como comunidade para que haja consideração mútua, incentivo e encorajamento na prática do amor a Deus e ao próximo.

Valorizamos nossos encontros semanais nas quartas e domingos. É um privilégio nos congregarmos. A Bíblia diz: “Servi ao Senhor com alegria, apresentai-vos diante dele com cântico. Entrai por suas portas com ações de graças e nos seus átrios, com hinos de louvor; rendei-lhe graças e bendizei-lhe o nome” (Sl 100.2, 4). “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do Senhor” (Sl 122.1). “Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mt 18.20). “Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum” (At 2.44).

O que mais importa não é onde, quando ou com que frequência nos reunimos, mas que estejamos juntos, vivamos juntos. Temos nossos encontros da semana, mas não nos limitamos a isso; relacionamos-nos no dia a dia praticando o amor mútuo.

Oferecemos a Deus um culto agradável e gostoso de participar. Somos informais e envolventes. Todos participam diretamente do que acontece. Louvamos a Deus, compartilhamos, oramos e ouvimos da Palavra de Deus. Depois do culto as pessoas saem animadas para mais uma semana.

Muitas pessoas não freqüentam os cultos das igrejas porque não entendem o que acontece ali. Tudo parece muito enfadonho, mecânico e artificial. Entendemos que o que acontece no culto deve ser coerente com a vida comum. Tudo deve ser prático e verdadeiro. Esse é o nosso propósito na Comunidade do Caminho. Queremos que nossos cultos sejam animados, mas não precisam ser badalados. A verdade, o amor, a alegria, a sinceridade, e a transparência, são nosso ambiente de culto.

Somos uma comunidade itinerante na caminhada da vida. Entre nós o vai-e-vem é natural. Tem gente que vem e quer ficar; tem gente que se junta a nós para ficar; tem gente que vem e quer voltar; tem gente que se vai para nunca mais voltar; tem gente que só quer observar; tem gente sorrindo, tem gente chorando. Aceitamos a vida como ela é, para que possa se tornar como deve ser.

A Comunidade do Caminho não é uma igreja como todos conhecem, com templo e regras, mas, uma comunidade fraterna e amiga, feita de pessoas comuns. Começamos como uma pequena semente, desejosos de sermos como uma árvore que acolha a todos.

Entre nós não há punição nem exclusão, mas auto-avaliação. Crescemos juntos e nos ajudamos mutuamente. Todos são livres. Cada um deve andar conforme seu nível de consciência no Evangelho, porque todos são ensinados por Deus. Nossa unidade não significa uniformidade; nossa liberdade não é libertina, mas também não é vigiada. Entendemos que, sem amor, tudo é nada.

Aqui somos irmãos e não juízes uns dos outros; ajudamos uns aos outros sem privar o direito de cada um ser o que é de fato. Entre nós não existe hierarquia; o que existe é fraternidade e compromisso em caminhar com Jesus.

Nossos encontros semanais são como a água; ajudamos uns aos outros a vencer obstáculos e a apagar o fogo do que não é bom. Somos maleáveis e adaptáveis ao contexto, mas não nos falta a força para superar as barreiras pela frente.

Como a água, usamos todos os limites que nos for permitido chegar e continuar; como a água, não desistimos, pelo contrário, persistimos. Como a água, levamos aqueles que não podem se mover, e lavamos com a palavra de Deus a sujeira de quem não pode se limpar. Como a água, descemos, subimos, e abrimos novos caminhos; enfrentamos ondas impuras, mas mantemos na fundura a essência do que é, jogando para fora toda sujeira pelo poder do Espírito.

Como a água que se junta a outras águas prolongando seu curso e aumentando sua força no caminho a prosseguir, zelamos da unidade, criando assim, um oceano sem fim.

Queremos ser como a água que dessedenta, que refrigera, que purifica e dá energia. Mudamos sem parar na caminhada e sem perder a natureza de ser o que somos.

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Antonio Francisco - Cuiabá, 18 de janeiro de 2010 - Voltar para Mensagens.

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