Quase ninguém mais suporta a simplicidade

Esta semana enquanto procurava alguns livros em minha biblioteca, percebi livros que não os compraria hoje por serem irrelevantes; segundo, por não concordar com o que dizem e que cada dia menos preciso deles. Quando me converti a dieta era: “leia a Bíblia e faça oração”. Hoje, apesar de tantos recursos para ajudar os crentes, a infantilidade cristã só cresce. Essa é uma geração de anãos espirituais.

Ler as Escrituras e cultivar um espírito de oração com obediência à direção do Espírito Santo é o que precisamos para viver na comunhão com os irmãos e mostrar nossas boas obras com o brilho da vida de Jesus em nós. Estou lendo o livro de Larry Crabb que me atraiu pelo título: “Chega de Regras”. Cansei de tantas regras ocas no meio evangélico. Estou partindo para o novo, o sempre novo, o simples Evangelho de Jesus.

Tenho afirmado reiteradamente que as igrejas ruiriam se tão somente se conformassem ao puro conteúdo bíblico. O grande interesse do diabo é nos afastar da “simplicidade e pureza devidas a Cristo” (2Co 11.3). A Bíblia diz que os mandamentos de Deus não são penosos (1Jo 5.3). Ora, se os mandamentos de Deus não são pesados, por que tem tanta gente surtada dentro das igrejas? Por que o sentimento de culpa deixa tantos crentes arrasados quase que o tempo todo? A Bíblia diz que “nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8.1). Mas, o que mais se observa é crente se condenando por ter feito ou deixado de fazer algo contrário à vontade de Deus.

Um dos grandes problemas da igreja evangélica em geral, é oferecer ao povo coisas que têm aparência de piedade, mas nada podem fazer para satisfazer seus anseios mais profundos da alma. Apenas dizer faça ou não faça algo não pode resolver a guerra interior entre os desejos carnais e a vontade de Deus.

O diabo tem sugado as forças de muitas pessoas que estão dentro das igrejas. Ele é o Dr. Acusador (Ap 12.10). Ele é o pai da mentira (Jo 8.44). Ele tem atormentado bastante gente que diz seguir a Jesus. Poucas pessoas nas igrejas têm aprendido a viver pela fé. A grande maioria vive mesmo é do desempenho. E como nunca ficam satisfeitas com o que fazem para Deus, se acusam e são acusadas pelo acusador e acusadores (irmãos).

Por outro lado, existem aqueles que são tão apáticos que para eles tudo é normal; são o que chamo de presa fácil. Esses estão sempre esperando uma nova onda para surfarem um pouco na emoção do que lhes possa agradar.

Como dizia a música do Silvio Brito: “Pare o mundo que eu quero descer... Tá tudo errado. Oh! Oh! tá tudo errado, desorientado segue o mundo (a igreja) e eu não posso mais ficar aqui parado...”.

Você já imaginou que a vida com Jesus é bem diferente do que você tem chamado de vida cristã? Você já se perguntou se muitas de suas culpas têm algum embasamento bíblico? A verdadeira vida cristã é simples; e é isso que muitos não suportam.

No Amado, em quem somos eternamente amados,

Antonio Francisco - Cuiabá, 6 de outubro de 2010 - Voltar para Um novo caminho.

Comentários

Anônimo disse…
De Josymar:
É verdade "tudo posso naquele que me fortalece".
Amém pela sua vida.Graça e Paz meu pastor.
Anônimo disse…
É verdade, meu amor!!

Juntos somos mais que vencedores!!!

Rosângela
Anônimo disse…
"Poucas pessoas nas igrejas têm aprendido a viver pela fé. A grande maioria vive mesmo é do desempenho".

Muito bom isso. Eu já imaginava que a coisa estivesse assim. Tenho uma amiga tão bacana, uma pessoa ótima, que me fez enxergar minha fome de Deus. Mas nada do que ela faz na Igreja dela é suficiente. De vez em quando eu a percebo triste e é por algo relacionado a algum irmão. Se por um lado sinto intimamente que além de ler a Bíblia e orar preciso estar em contato com outros irmãos, preciso fazer coisas boas com outras pessoas, por outro tenho receio de que frequentar a igreja vire mais uma fonte de angústia na vida...
Raquel.
Olá! Obrigado por seu comentário.

Quando uma pessoa aprende a descansar em Deus, ela não precisa provar nada para ninguém. Ela só precisa viver na liberdade que Jesus dá.

Um abraço,

Antonio Francisco